PALAVRAS DITAS

A palavra devia ser por exelencia, aquilo que nós temos de mais vinculativo, esqueçam as assinaturas, os contratos, as certidões de casamento, vamos singir-nos apenas ao valor vinculativo que aquilo que dizemos devia ter, e em muitos casos, quiçá numa grande maioria dos casos, não tem.
Devemos em primeiro lugar lembrar-nos, que quando banalizamos a palavra dita estamos a prostituir o nosso carácter, estamos a desrespeitar a nossa própria essencia, o nosso eu.
E segundo lugar, devemos ter sempre presente que as nossas palavras têm impacto nos outros, logo se banalizarmos o que dizemos, chegará o dia em que a máscara cai, saimos mal, desiludimos alguem, e deixamos a nu, tudo o que não queriamos deixar, por outras palavras REVELAMO-NOS.
Fazem-se promessas, dizem-se coisas da boca pra fora, as palavras saiem em catadupa, mas não são honestas, nem vinculativas, e no fim, ignoramos tudo isto duma forma tão vil, tão fútil, que até faz chorar as pedras da calçada.
Que raio, serei eu que estou mal, ou estarei a ser justo se disser que as pessoas perderam os valores que nos tornavam diferentes de qualquer outro animal?
Valores morais, éticos, de higiene de carácter, de frontalidade, de verdade, de leladade, valores simplesmente de amizade, valores até de dignidade, onde está tudo isto?
Que valor tem a PALAVRA que se diz?
A minha resposta é clara, o que se diz, devia ser sempre, não o que se pensa, mas sim o que se sente, se assim acontecesse, a palavra seria de certeza, o primeiro sinal do que somos, infelizmente não é assim, a palavra aparece no ultimo lugar da importancia na vida das pessoas, por isso é que um dia alguem disse;
"O QUE HOJE É VERDADE AMANHÃ É MENTIRA" .
Que pena que assim seja, que pobreza de espirito, lamento mas é o que temos.
Bom domingo.

jorge varandas